“O ‘corpo educado’ é o resultado da paciente e lenta elaboração de formas distintas de intervenção
dirigida do exterior com a intenção de atingir a alma humana”. (SOARES, 1997, p. 6)
No séc. XIX, na Europa, a Ginástica passou a ter um caráter de cientificidade, consolidando-se como um dos mais importantes novos códigos de civilidade. Essa atividade teve total influência na “educação do
corpo”, pois reformava completamente o corpo, o qual passou a ostentar uma simetria como nunca teve antes. Para aquele momento histórico, interessava o corpo disciplinado, educado e modelado para as
novas necessidades sociais
“O corpo reto e o porte rígido comparecem nas introduções dos estudos sobre a Ginástica no sé-
culo XIX. Estes estudos, carregados de descrições detalhadas de exercícios físicos que podem moldar
e adestrar o corpo imprimindo-lhe este porte, reivindicam com insistência seus vínculos com a ciência
e se julgam capazes de instaurar uma ordem coletiva. Com esses indícios, a Ginástica assegura, neste momento, o seu lugar na sociedade burguesa” (SOARES, 1997, p. 8)
A ginástica passou a se destacar
nos círculos intelectuais, quando se tornou científica e despertou o interesse da burguesia. Essa classe social utilizaria a ginástica como um
instrumento disciplinador de posturas, ações e gestos, que contribuiria para que os indivíduos adquirissem noções de economia de tempo, de gasto de energia e de cultivo à saúde. Como nesse período as
indústrias ganhavam força, era preciso que fosse apresentada ao trabalhador uma atividade de caráter ordenativo, disciplinador e metódico – a Ginástica.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/ed_fisica/livro_edfisica.pdf
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